BNDES tem lucro de R$ 9 bilhões em 2011

O resultado foi 8,7% menor do que o de 2010, de R$ 9,9 bilhões 

Alexandre Rodrigues e Glauber Gonçalves, da
RIO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 9 bilhões em 2011, informou hoje a instituição. O resultado foi 8,7% menor do que o de 2010, de R$ 9,9 bilhões.
O desempenho foi majoritariamente influenciado pelo bom resultado da área da carteira de renda variável da subsidiária de participações do banco, BNDESPar, que respondeu por 94% do lucro. O resultado do BNDES com renda variável subiu de R$ 6,4 bilhões em 2010 para R$ 6,8 bilhões em 2011. Houve aumento de R$ 1,9 bilhão na receita com dividendos e juros sobre o capital próprio das participações acionárias, que totalizou R$ 4,2 bilhões no ano passado.
Já a venda de papéis da subsidiária teve queda de R$ 1,5 bilhão em 2011, influenciada pelas condições desfavoráveis do mercado de capitais com o agravamento da crise internacional, justificou o banco.
Segundo o BNDES, o resultado com a carteira de crédito e repasses antes dos efeitos de reversão de provisão para risco aumentou em 2011. Passou de R$ 5,8 bilhões em 2010 para R$ 6,1 bilhões em 31 de dezembro do ano passado. Em nota, o banco classifica o resultado como reflexo do "crescimento e a qualidade da carteira de financiamento".
Segundo o banco, a queda do lucro líquido de todo o sistema BNDES teve como principal motivo a alta base de comparação proporcionada pelos elevados valores de recuperação de crédito em 2010, de R$ 2,3 bilhões.
Carteira
A carteira de crédito do BNDES somou R$ 426 bilhões em 2011, representando 20,8% da oferta total de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN), informou hoje o banco. Do saldo total de operações da carteira, 83,1% estão classificadas como de longo prazo.
Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 625 bilhões em dezembro de 2011, apresentando crescimento de 13,8% em relação a 2010. A inadimplência do BNDES segue baixa, tendo representado 0,14% da carteira total no ano passado, bem abaixo da média de 3,6% do SFN, ressaltou o banco.
"A baixa inadimplência e o perfil de crédito refletem a consistência das políticas operacionais. O banco busca compatibilizar taxas de juros reduzidas com a preservação do patrimônio público por meio de contínuo acompanhamento dos créditos e garantias que cubram a posição devedora ao longo da vida dos contratos", diz a nota divulgada hoje pelo BNDES.

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