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Seat produz combustível a partir da água dos esgotos

Criar combustível automóvel a partir da água dos esgotos? Sim, já é possível, como alternativa ao gás natural comprimido. 

O projeto piloto Smart Green Gas já arrancou numa estação de tratamento de águas residuais em Jerez, Espanha. Este gás, uma fonte inesgotável, poderá ser utilizado em qualquer carro apto a funcionar a gás natural comprimido.
Por trás da ideia encontra-se a Seat e a Aqualia, uma empresa de tratamento de águas residuais, que terá ao seu serviço dois Seat Leon TGI que circularão com o novo combustível.
Segundo a Seat, uma depuradora de águas residuais de tamanho médio pode produzir mais de
1.000m3 de biogás por dia, quantidade suficiente para que 300 veículos possam fazer mais de
15.000 km por ano.
“Com este projeto de desenvolvimento e de colaboração com a Aqualia, a Seat torna-se a primeira marca do setor automóvel do país a utilizar biometano obtido a partir de águas residuais”, explica o vice-presidente para a Investigação e Desenvolvimento da Seat, Dr. Matthias Rabe.
A marca espanhola acredita que este gás poderá tornar-se numa alternativa ao gás natural comprimido.



Sludge and sewage will be used to produce electricity in Brazil

In order to solve a historical environmental problem, the São Paulo State Sewage Company (Sabesp) launched a notice this month to build an electric power generation station from the biogas that is naturally produced during the treatment process Of sewage sludge and with that eliminate the volume of sludge discarded in the landfill - 500 tons per day.

The contract will be made through a 30-year concession contract with the private initiative at the Sewer Treatment Station (ETE) in Barueri, the largest in Greater São Paulo. It treats more than 20 billion liters of sewage per month of 4.4 million people in the region, including part of the capital. Sabesp will supply the sludge and biogas generated in the ETE and the company will come with the technology to generate thermal and electric energy.

Biogas is a fuel generated in the process of biodigestion for the drying of the sludge that stays in the station after the sewage treatment and can become energy. However, today this energy potential is burned in the ETE itself and released into the atmosphere, while the dry sludge is transported to the Caieiras embankment, in Greater São Paulo, where it is decomposed.

In contrast to the disposal of sludge in the landfill used by the City of São Paulo, Sabesp treats all the slurry of the city's garbage decomposition. According to the company's metropolitan director, Paulo Massato, with the new business, the sludge can also be used by the partner to produce biogas, and any remaining waste can no longer be disposed of in the landfill, according to the National Solid Waste Plan , Sanctioned in 2010.

"The first concern is that we are depleting landfills. We have been looking for the best technology available in the world to use sludge and biogas to generate energy," Massato said.
The notice states that in the first five years of the concession, 5 megawatts of energy and 10 megawatts must be generated from the sixth year.

This energy is sufficient to supply the energy consumption of the ETE itself from 60% to 75%.
"This technology is well known and brings environmental and economic benefits. The decomposition of the sludge in the landfill emits greenhouse gases harmful to the environment," explains chemist Biagio Fernando Giannetti, a specialist in sustainability.


The information is from the newspaper O Estado de S. Paulo.


Lodo e esgoto serão usados para produzir energia elétrica em SP.


Com o objetivo de resolver um histórico problema ambiental, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) lançou neste mês um edital para construir uma estação de geração de energia elétrica a partir do biogás que é naturalmente produzido durante o processo de tratamento de esgoto e com isso eliminar o volume de lodo descartado no aterro sanitário - 500 toneladas por dia.

A empreitada será feita por meio de um contrato de concessão de 30 anos com a iniciativa privada na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Barueri, a maior da Grande São Paulo. Nela são tratados mais de 20 bilhões de litros de esgoto por mês de 4,4 milhões de pessoas da região, incluindo parte da capital. A Sabesp vai fornecer o lodo e o biogás gerados na ETE e a empresa entrará com a tecnologia para gerar energia térmica e elétrica.

O biogás é um combustível gerado no processo de biodigestão para a secagem do lodo que fica na estação após o tratamento do esgoto e pode virar energia. Só que hoje esse potencial energético é queimado na própria ETE e lançado na atmosfera, enquanto o lodo seco é transportado até o aterro de Caieiras, na Grande São Paulo, onde sofre decomposição.

Em contrapartida ao descarte de lodo no aterro usado pela Prefeitura de São Paulo, a Sabesp trata todo o chorume da decomposição do lixo da cidade. Segundo o diretor metropolitano da estatal, Paulo Massato, com o novo negócio, o lodo também poderá ser usado pelo parceiro para a produção do biogás, e os resíduos que restarem não poderão mais ser despejados no aterro, como prevê o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, sancionado em 2010.

"A primeira preocupação é de que estamos esgotando os aterros sanitários. Fomos buscar a melhor tecnologia disponível no mundo para usar o lodo e o biogás para gerar energia", disse Massato.
O edital prevê que nos primeiros cinco anos de concessão deverão ser gerados 5 megawatts de energia e 10 megawatts a partir do sexto ano.

Essa energia é suficiente para suprir de 60% a 75% o consumo de energia da própria ETE.
"Essa tecnologia é muito conhecida e traz benefícios ambientais e econômicos. A decomposição do lodo no aterro emite gases de efeito estufa danosos ao meio ambiente", explica o químico Biagio Fernando Giannetti, especialista em sustentabilidade.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 


Pesquisadores transformam esgoto em eletricidade

Novo material feito a partir do grafeno pode melhorar dispositivos que transmutam resíduos orgânicos em energia. Criada por cientistas chineses, a novidade pode, no futuro, converter estações de tratamento de água em usinas geradoras de eletricidade.


Estação de tratamento de esgoto em Belo Horizonte: baterias microbianas poderão transformar instalações como essa em usinas de energia.




Maneiras de produzir eletricidade de forma limpa e eficaz têm sido buscadas por especialistas na área energética de todo o mundo. Um recurso bastante explorado por eles é a célula de combustível microbiana, ferramenta que permite transformar dejetos como lixo e esgoto em energia, com a ajuda de micro-organismos. Agora, pesquisadores chineses acreditam ter criado um material que pode ajudar a melhorar a eficiência dessas “baterias biológicas”, que, apesar de já funcionarem, ainda não são boas o suficiente para aplicação em larga escala.

O invento, apresentado recentemente na revista Science Advances, é um tipo de aerogel fabricado com grafeno, derivado do carbono que tem sido muito utilizado em estudos tecnológicos. O material, que tem aspecto poroso, semelhante ao da pedrapomes, consegue otimizar o trabalho das células de combustível e fazê-las produzir energias a partir das águas residuais. Um dos possíveis usos futuros da tecnologia, portanto, seria o de transformar as estações de tratamento de esgoto em usinas de energia.

 A ideia do estudo surgiu com base em observações dos cientistas sobre o sistema elétrico. “Sabemos, por exemplo, que o tratamento de efluentes orgânicos consome atualmente de 3% a 5% de toda a energia elétrica produzida nos Estados Unidos. Também percebemos que as águas residuais contêm nove vezes mais energia do que é necessário para o seu tratamento. Em outras palavras, alguns métodos mais eficazes para o tratamento de efluentes orgânicos poderiam fornecer energia em vez de gastar”, destaca ao Correio Zhiyong Tang, um dos autores do estudo e pesquisador da Academia Chinesa de Ciência.

Ânodo


Perseguindo esse objetivo, os pesquisadores se voltaram para formas de melhorar sistemas que já trabalham com materiais orgânicos. “Entre as diferentes estratégias, células de combustível microbianas foram reconhecidas como a técnica mais promissora para a implementação de um duplo benefício: tratamento de águas residuais e coleta de energia. No entanto, a baixa eficiência de conversão de energia das células atuais dificulta seriamente sua aplicação, principalmente porque nós não encontramos os materiais ideais para seu funcionamento”, destaca Tang.

Ele explica que os dispositivos atuais carecem de um bom ânodo, eletrodo com grande poder de transferência de elétrons. Para melhorar essa parte das células de combustível eles investigaram materiais tridimensionais com estruturas porosas que se mostraram promissores em estudos anteriores. “Inspirados por nossas obras anteriores, selecionamos materiais tridimensionais à base de grafeno aerogel para fabricar bioânodos para as células de combustível microbianas. A escolha foi feita devido às extraordinárias propriedades elétricas, à grande área superficial e à excelente condutividade”, prossegue Tang.

O especialista e colegas chegaram a uma combinação do aerogel de grafeno com nanopartículas de platina. O novo material foi incorporado a duas pequenas células que produzem energia a partir do consumo de resíduos orgânicos existentes no esgoto por bactérias da espécie Shewanella oneidensis (veja infografia acima). Os resultados foram positivos, gerando energia suficiente para abastecer um pequeno temporizador. Os testes também foram feitos em uma instalação de tratamento de águas residuais municipais em Pequim com sucesso. Com base na avaliação positiva, os pesquisadores acreditam que, futuramente, o material possa ser usado em larga escala, principalmente pelo seu custo baixo. “O grafite em massa floco é a matéria-prima para a preparação de grafeno óxido, e seu custo é inferior a US$ 320 por tonelada. O aerogel grafeno pode ser sintetizado pelo método hidrotérmico simples”, afirma o autor.

Opção promissora


Para Gundisalvo Morales, professor do curso de engenharia ambiental da Universidade do Estado do Pará (Uepa), o estudo dos cientistas chineses é uma boa notícia para a área energética. “Estamos passando por uma crise de energia, e tudo que é feito nesse setor para baixar o custo é bem-vindo. Com essa alternativa, temos uma mistura de eletroquímica muito interessante e que parece promissora”, avalia.

Morales destaca que o aerogel de grafeno assume um papel importante no processo de produção por células energéticas. “O princípio do cátodo e do ânodo é bastante antigo, mas o grande problema é encontrar um ânodo com potencial, que possa produzir grandes quantidades de energia. E esse material, por possuir uma grande porosidade e ter estabilidade química, se mostra uma ótima opção”, acredita.

O professor da universidade brasileira, que não participou do estudo, considera ainda que o projeto chinês seria uma alternativa interessante para diversos países. “No Brasil, eu ainda não vi nada parecido com esse trabalho, que poderia ser usado em usinas de tratamento do país. Apesar de ser um estudo inicial, acredito que pode render um tratamento para recursos hídricos que diminua os impactos ambientais e possa produzir mais energia”, opina. 


Agronegócio de SC movimenta R$ 61 Bilhões na economia

O governo do Estado de Santa Catarina iniciou na quarta-feira passada, dia 26, campanha de valorização do agronegócio catarinense.

Agronegocio

O governo do Estado de Santa Catarina inicia nesta quarta-feira, dia 26, campanha de valorização do agronegócio catarinense. O setor vêm se mantendo competitivo em tempos de crise econômica e faz de Santa Catarina referência mundial em qualidade e sanidade dos rebanhos e produtos. Com mais de 700 mil empregos diretos, o agronegócio movimenta mais de R$ 61 bilhões, ou seja, 29% do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense.

Mesmo com apenas 1,12% do território nacional, Santa Catarina se consolida como grande produtor de alimentos e prova que as pequenas propriedades podem gerar renda e desenvolvimento. O estado tem quase 90% das propriedades rurais classificadas como de agricultura familiar e ainda sim é o primeiro produtor nacional de suínos, cebola, alho, ostras, mexilhões e pescados. O segundo maior produtor de aves, tabaco e arroz e está entre os maiores produtores de mel, banana e leite.

Internacionalmente, Santa Catarina é reconhecido pela excelência sanitária de seus rebanhos. Hoje, é o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação e, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste suína clássica, com certificação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Títulos que dão ao estado acesso aos mercados mais competitivos do mundo, como Japão e Estados Unidos, que dão exclusividade para carne suína produzida em Santa Catarina.

Para fomentar a cadeia produtiva em Santa Catarina, o Governo do Estado investe em Programas que aumentam a competitividade e a qualidade de vida dos produtores rurais. “Nós reconhecemos a importância de quem produz nosso alimento. Se, hoje, Santa Catarina é referência no setor agropecuário é porque temos produtores dedicados, que trabalham incansavelmente e que buscam sempre melhorar. Os agricultores encontram na Secretaria e em suas empresas vinculadas um apoio para que possam investir, inovar e prosperar”, afirma.

O Governo do Estado oferece aos produtores rurais catarinenses programas de fomento, aquisição de terras e regularização fundiária da Secretaria da Agricultura. Além do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa) que indeniza os produtores pelo abate sanitário de animais acometidos por febre aftosa e outras doenças infecto-contagiosas contempladas em programas de controle sanitário do Estado.

A Secretaria da Agricultura atua ainda na defesa sanitária animal e vegetal, pesquisa agropecuária, extensão rural, assistência técnica e comercialização de hortifrutigranjeiros, através de suas empresas vinculadas: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina (Ceasa/SC).




Projeto de automação da produção de leite impressiona comitiva catarinense na Alemanhã

Comitiva catarinense é a primeira de um país latino-americano a conhecer a tecnologia, que custou 8 milhões de euros e dois anos para ficar completamente pronta. Intenção é viabilizar instalações em SC.

tecnologia leite

Desde a sexta-feira, 14, uma comitiva catarinense está na Alemanha para participar de um Encontro Econômico entre os dois países. Na próxima segunda, o estado de Santa Catarina e o estado alemão da Turíngia assinam acordo de irmanamento e, já no primeiro dia de estadia no país europeu, a comitiva catarinense ficou impressionada com um projeto que torna a ordenha do gado leiteiro automatizada.

O projeto é pioneiro no mundo e foi implantado numa pequena cooperativa agropecuária em Rema-Teichel, uma pequena comunidade alemã no estado da Turíngia. A comitiva catarinense foi a primeira missão oficial de um país latino-americano a ter acesso à tecnologia.
"Vamos estudar as características deste projeto para avaliar formas de parcerias que possam levá-lo para Santa Catarina, onde as cooperativas agropecuárias de pequeno porte são bem comuns, especialmente neste momento em que nos aproximamos da Turingia", disse o secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond.

O Projeto é inovador pelo fato de desenvolver um carrossel com espaço para 40 vacas serem ordenhadas ao mesmo tempo. O espaço foi projetado de forma que as próprias vacas se dirijam até os locais sem interferência humana, o que deixa o animal mais tranquilo e o processo mais eficiente e organizado que os processos atuais.

Além disso, a máquina já faz a avaliação do corpo do animal para se ajustar e, assim, garantir uma ordenha ideal para cada animal do rebanho. Após extrair o leite, a própria máquina faz o teste e, não estando dentro das normas, o leite é descartado pelo equipamento. De acordo com a empresa que desenvolveu o equipamento, o custo de implantação do carrossel foi de 45 mil euros por cabeça de gado.

Como se já não tivesse inovações suficientes, a planta ainda aumenta a lucratividade da cooperativa com a geração de energia a partir dos dejetos dos animais. É que o equipamento foi projetado com uma usina de biogás com capacidade de geração de 500kW, o suficiente para o abastecimento de cinco mil residências. A usina abastece toda a propriedade e a energia excedente, que não é consumida alim é vendida para a distribuidora de eletricidade local, aumentando ainda mais os ganhos da cooperativa.

Ao todo, o investimento consumiu 8 milhões de euros ao longo de dois anos para a conclusão do projeto.

Imagem: reprodução


Sabesp produz combustível a partir de esgoto

Brasil Econômico 
Companhia pretende usar gás gerado pela decomposição do lodo de estação de tratamento para abastecer veículos da sua frota Américo Sampaio: experiência tem o apoio de fundação alemã que repassará tecnologia para o Brasil
 Uma experiência que deu bons resultados em cidades europeias como Estocolmo, Lille e Berna começará a ser reproduzida pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Trata-se do aproveitamento do gás gerado pela decomposição do lodo do esgoto da estação de tratamento de Franca, no interior paulista, como combustível para automóveis e ônibus.  
A importação dos equipamentos da Alemanha já foi autorizada e a previsão é que os primeiros 49 carros da frota da empresa já estejam rodando com o novo combustível em março. 
"Estamos buscando parceria com a prefeitura de Franca para testar o uso do biogás em pelo menos três ônibus da frota municipal", adiantou Américo Sampaio, superintendente de inovação tecnológica da Sabesp. 
A rigor, ele informa, a tecnologia já foi comprovada na Europa, e funciona muito bem.  "Agora é testar a eficiência da planta, o funcionamento dos veículos e a logística do processo", afirma Sampaio.
Orçado em R$ 6 milhões, o projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto
Fraunhofer, de Stuttgart, que repassará R$ 5,1 milhões e as instalações (uma estação compacta e automatizada do tamanho deumcontêinermarítimo, capaz de produzir quase 2 mil metros cúbicos de gás por dia).  O restante R$ 900 mil será bancado pela Sabesp, que fará a conexão do gás, a adaptação da estação, a análise e a conversão. 
Sem desperdício
A proposta da companhia é aproveitar o lodo ativado, resultante do processo de tratamento de esgoto destinado à destruição de poluentes orgânicos biodegradáveis. 
O material resultante da reação produz o biogás, composto de 70% de metano e de grande capacidade energética.  Na maioria das estações de tratamento de esgoto, esse gás é queimado e lançado na atmosfera. 
"É um desperdício", considera Sampaio.  Ele conta que existem algumas tentativas de usar o biogás para produção de energia elétrica.
O Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio) fez uma experiência desse tipo na estação de tratamento da Sabesp em Barueri (SP) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) testa o aproveitamento do biogás na estaçãoArrudas de Belo Horizonte.  No Paraná, a Sanepar produz eletricidade a partir do esgoto em Foz do Iguaçu (PR) e vende para a empresa regional de energia. 

No caso da utilização do biogás como combustível é necessário fazer o enriquecimento e purificação para a remoção de siloxanos, que são substâncias que formam crostas que podem entupir pequenas tubulações do equipamento e gás carbônico.  O processo de fabricação filtra o gás sulfídrico, responsável pelo odor que costuma exalar das estações de tratamento e também é corrosivo.  Esse gás é então comprimido em cilindros e já passa para os veículos que precisam ser adaptados. 
Segundo Sampaio, a estação de tratamento de Franca é capaz de produzir 1.900 metros cúbicos de biometano por dia. Considerando que cada metro cúbico equivale a umlitro de gasolina, seria possível abastecer 10% da frota da Sabesp de cerca de 5 mil veículos.  "Essa produção inicial pode reduzir as emissões de dióxido de carbono em até 16 toneladas por ano", calcula o superintendente. 
Essa é a principal vantagem do uso do biogás e o motivo pelo qual o Ministério do Meio Ambiente disponibilizou os fundos para fornecimento da tecnologia.  O projeto será testado em Franca durante três anos e poderá se estender a outras estações de tratamento."Umacoisa é produzir o biogás, a outra é disponibilizar para a frota", diz Sampaio. 
Ele acredita que, no futuro, como já acontece em outros países, haverá carretas cheias de cilindros que levarão o combustível para os pontos de consumo.  "Se isso for viável, será uma fonte renovável e limpa muito mais barata que a gasolina", afirma. 
Luis Abrahão

É possível produzir energia a partir do esgoto?

“Nem sempre é fácil chegar às propriedades rurais. Os endereços são um pouco confusos, não há muitos pontos de referência. Isso muda quando o destino é uma criação de suínos.  Nesses casos, costumamos procurar pelo cheiro, aliás, pelo mau cheiro. Mas naquele dia, não foi isso que indicou o caminho.

Na propriedade de José Carlos Colombari, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, as coisas são diferentes. O esterco produzido por 3 mil porcos não fica exposto. Tudo é canalizado e segue direto pra um depósito “moderno” e, o mais importante: coberto. É o biodigestor. Incômodo controlado e reaproveitamento inteligente. Difícil imaginar que, bem longe das cidades, alguém tivesse a idéia de usar dejetos para resolver um outro problema: suprir a falta de energia elétrica da propriedade. É isso que seu Colombari faz.

Ele tem uma fábrica de ração, poço artesiano, casa, barracão… Precisaria investir mais na rede elétrica para receber energia suficiente e abastecer toda essa infra-estrutura. Fez diferente. Pesquisou e descobriu que com o gás metano gerado pela decomposição do esterco é possível gerar energia. Em vez de ir para a atmosfera o gás segue por canos até uma outra salinha onde fica um motor de carro adaptado a um gerador.

É fácil entender, basta estabelecer um comparativo: o gás serve de combustível, como se fosse gasolina, ou álcool e faz o motor funcionar. Em vez de rodar os pneus, o gerador é acionado. Com a produção mensal dá pra abastecer 60 casas populares. Nunca mais faltou energia na propriedade de seu Colombari. Além disso, os dejetos digeridos por bactérias têm uma carga poluidora 80% menor e servem de adubo para as pastagens. E as novidades tornaram o criador de porcos, homem empreendedor: ele é o único do Brasil que, além de gerar energia, fornece o que sobra para rede da companhia elétrica do estado onde mora. Inovação que, logo, logo, vai render dinheiro.

-              ‘O senhor ainda não ganhou nada, seu Colombari?’ – lancei a pergunta.
-              ‘Ganhei sim, ganhei muito! O mau cheiro praticamente acabou, minha propriedade polui muito menos e sou um criador que respeita o meio ambiente. Para mim, isso basta. Estou satisfeito!’”


Izabelle Ferrari 

Persistir ou Descontinuar?

PERSISTIR OU DESCONTINUAR?
VIRANDO O JOGO E IMPULSIONANDO NOVOS NEGÓCIOS

Prestes a ser descontinuada, uma das empresas de um grupo empresarial é revitalizada, ajusta seus produtos à nova realidade de mercado, estrutura sua inteligência comercial, recupera suas margens de lucro e torna-se a segunda mais importante do seu setor.

DESCONTINUAR OU REVITALIZAR?

Fomos chamados para atender a uma empresa fabricante de material sanitário que fazia parte de um grupo empresarial paraavaliarmos, num primeiro momento, a viabilidade de recuperação ou recomendarmos sua completa descontinuidade.

Na primeira visita, foi-nos relatada a seguinte situação: O grupo era constituído de duas empresas, sendo que uma delas produzia uma linha de produtos voltados para a construção civil e representava 78% do faturamento total e a outra, do segmento de material sanitário, representava 22% do faturamento e vinha acumulando prejuízos seguidos e crescentes.

Essa empresa deficitária, que em seu período áureo chegou a representar mais de 50% dos negócios do grupo, apresentava ano após ano margens negativas de rentabilidade. Sua sobrevivência só era possível graças ao aporte de recursos da empresa irmã.

O MOMENTO DO DIAGNÓSTICO 

Diante dos fatos relatados e contratada a 1ª fase do trabalho, nossos profissionais elaboraram um minucioso e detalhado diagnóstico, que, na sua conclusão, fundamentou as razões pelas quais a consultoria recomendava a continuidade da unidade de material sanitário. Seria necessário, entre outros, um vigoroso processo de “reconstrução” da cultura e da postura de mercado. Foram 90 dias de trabalho interno e análise de campo.

À empresa, a começar pelo seu quadro diretivo, caberia o compromisso de abrir-se para a inovação e, principalmente, para as mudanças propostas na conclusão do relatório entregue.

Todos os diretores aprovaram as recomendações e a etapa seguinte foi iniciada.

REVISÃO DE ESTRATÉGIAS

A partir daí, todos os aspectos relacionados à comercialização foram substancialmente revistos e ajustados. As mudanças deveriam atender à real necessidade de reconstrução e rentabilização do negócio, independente das resistências já previstas. Era necessário lidar com os fortes “feudos” pessoais internos e trabalhar igualmente os “feudos” liderados por vendedores e representantes com muitos anos de empresa. O grupo de trabalho, formado no início do projeto, foi decisivo para a estabilidade do bom clima interno e a disseminação da nova dinâmica na empresa. Ocorreram importantes mudanças comerciais envolvendo aspectos relacionados à gestão dos negócios, foco e direcionamento seletivo, posicionamento estratégico, estrutura comercial, enxugamento de portfólio, exclusão de clientes fora do perfil da empresa, revisão das políticas comerciais e de preços, política de prospecção permanente, aplicação dos conceitos de “inteligência” na gestão da base de clientes, introdução do geomarketing, criação de indicadores de desempenho, logística de distribuição, política de remuneração da força de vendas, implantação de auditoria comercial permanente e outras ações igualmente importantes e necessárias.
Foram feitos estudos de viabilidade de potencial para todas as 38 regiões de vendas da empresa. Cada um dos 38 profissionais – vendedores, representantes e gerentes – receberam um “projeto de gestão” de suas respectivas áreas de atuação com informações sobre o potencial do setor, a participação dos principais concorrentes e a expectativa de venda e crescimento em cada cliente relacionado.

O estudo de potencial somado à prática dos representantes demonstrou que oito novas áreas deveriam ser abertas e novos profissionais precisavam ser contratados. No oitavo mês de trabalho da consultoria, todas as 46 áreas de vendas estavam instituídas e produzindo regularmente.

A empresa estabeleceu um forte programa de integração com seus representantes espalhados por diferentes regiões do País. Para manter os custos sob controle, a Aga Solutions desenvolveu reuniões semanais com todos os representantes e profissionais de campo, utilizando tecnologia de web-conferência e web-pontos de reunião.

Apesar da distância, o contato entre representantes e empresa ganhou agilidade, eficiência e constância, por meio de encontros virtuais. A comunicação entrou para a rotina da empresa, integrando todo o grupo num discurso único de revigoramento.

NOVA MARCA E INTELIGÊNCIA EVOLUTIVA

Em pouco tempo, recomendamos e acompanhamos o desenvolvimento e lançamento de uma segunda marca da empresa, com estrutura comercial independente. E a inteligência, como fator de evolução competitiva, passou a fazer parte das decisões estratégicas da organização. A nova marca faria parte de uma estratégia de blindagem da marca principal e entraria no segmento ocupado por marcas novas e difusas que estavam indiretamente concorrendo com a marca principal.

A administração de vendas assumiu um papel de inteligência no processo comercial, ou seja, o foco da empresa passou de mercado para cliente, onde para cada cliente foi definida uma estratégia específica, sendo trabalhado dentro de suas particularidades e especificidades.

ESTRATÉGIA COMPETITIVA

Os representantes, entre outras metas, assumiram o compromisso de convidar, coordenar e reunir em suas áreas de atuação grupos de clientes em auditórios regionais, onde nossos consultores apresentavam palestras sobre temas de interesse e aproveitavam para divulgar o novo posicionamento da empresa.

Foram realizadas palestras em 21 regiões diferentes, com média superior a 27 clientes por palestra realizada.

Durante 18 meses, além da prestação de serviços, os encontros também divulgaram a marca e inovações da empresa, por meio de apresentações dos próprios consultores.

Assim, criamos um processo efetivo para o reposicionamento da marca e aproximação dos principais clientes de cada praça com a empresa, a custos reduzidos.

RESPIRANDO MODERNIDADE E CRESCIMENTO

Com todas essas mudanças, a empresa, antes deficitária e problemática, renasceu com vigor, consistência e perspectiva de crescimento contínuo e sustentado. Novos e ambiciosos projetos entraram para as pautas semanais de reuniões. Diretores e gerentes incluíram em suas agendas semanais visitas regulares a clientes e prospects. Assim, uma nova postura e visão de mercado foram assumidas e disseminadas por toda a organização. A lentidão e a rigidez dos diversos níveis de hierarquia deram lugar à integração do grupo e, como consequência, ao desafio e à competitividade.

CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO

Nossa participação na “reconstrução” e revitalização dos negócios da empresa, bem como na capacitação dos seus profissionais, ultrapassou todos os objetivos iniciais. A operação, durante o desenvolvimento do projeto, já começou a apresentar margens significativamente positivas.
Decorridos 18 meses, como resultado das mudanças, os acionistas tinham em suas mãos uma nova e promissora empresa, com expressivo crescimento e participação consideravelmente maior no faturamento total do grupo.

Concluído o trabalho e considerando o nível de satisfação dos dirigentes, fomos convidados a desenvolver um projeto de expansão comercial da outra empresa do grupo.